Em 2024, o Sebrae Alagoas alcançou um marco expressivo: mais de 628 mil atendimentos realizados para pessoas físicas, jurídicas, microempreendedores individuais (MEIs), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). Esses números refletem o compromisso da instituição em promover o crescimento sustentável do empreendedorismo, fortalecendo a competitividade e a economia alagoana. 2z1oh

Foram atendidos mais de 219 mil clientes, incluindo 110 mil pequenos negócios e 72 mil MEIs. Em termos percentuais, 60,16% das Micro e Pequenas Empresas receberam mais de um atendimento, superando a meta inicial de 50% de recorrência. Além disso, 45,86% do total de MEs e EPPs de Alagoas foram atendidos, ultraando a meta de 27,50%.

De acordo com Júlio Enders, analista da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae Alagoas, os resultados refletem a eficácia das estratégias adotadas. “Esse desempenho de superação de metas e volumes de atendimentos foi impulsionado em grande parte pela ampliação e fortalecimento dos canais digitais e do atendimento remoto. Ferramentas digitais nos permitiram estar ainda mais próximos dos pequenos negócios, superando barreiras geográficas e otimizando o o a soluções que fomentam a competitividade e a inovação”, destacou Júlio Enders.

Reconhecimento e impacto

Além de ter alcançado números de destaque, um reconhecimento importante veio através do projeto “Histórias de Quem Atende”, prêmio do Sebrae Nacional de valorização dos profissionais que estão na linha de frente no atendimento aos clientes. Na categoria NPS (Net Promoter Score), o Sebrae Alagoas conquistou o primeiro lugar, com uma taxa de 91,73% de satisfação e recomendação dos clientes pelos serviços prestados.

O trabalho realizado na linha de frente do Sebrae alcançou 109.023 pessoas físicas, 31.476 microempresas e 7.238 empresas de pequeno porte. Entre os destaques, está o aumento de 23,16% na produtividade das micro e pequenas empresas (MPEs) atendidas, e o impacto positivo em 5,64% dos estudantes do estado por meio do programa Educação Empreendedora.

“Esses números não são apenas dados; são histórias de transformação e sucesso. Reafirmam a importância de continuarmos investindo em tecnologias e estratégias de atendimento para oferecer soluções assertivas e resultados significativos a cada empreendedor alagoano”, reforçou o analista.

O Sebrae Alagoas também consolidou sua atuação estratégica em setores econômicos essenciais. No Agronegócio, 5.716 empreendedores foram atendidos em 14.374 interações. O setor da Indústria contou com 16.036 empreendedores, totalizando 69.951 atendimentos. No Comércio, foram 40.561 empreendedores atendidos em 160.935 interações, enquanto o setor de Serviços foi o mais abrangente, com 48.550 empreendedores atendidos em 174.531 ocasiões.

Expectativas para 2025

As metas para 2025 reforçam o compromisso do Sebrae Alagoas com a sustentabilidade, inclusão e desenvolvimento regional. O foco no cliente continuará sendo o centro das estratégias, com a personalização de experiências e a ampliação do atendimento às MEs e EPPs.

A expectativa é consolidar o empreendedorismo transformador como alicerce para o crescimento sustentável de Alagoas, por meio de iniciativas que priorizam o uso de tecnologias avançadas, governança integrada e valorização das características regionais que prometem transformar desafios em novas oportunidades.

No primeiro semestre de 2024, Alagoas registrou a abertura de 18.721 empresas, segundo dados divulgados pela Junta Comercial do Estado de Alagoas (Juceal). Esse número representa um crescimento de 1,13% em relação ao mesmo período do ano anterior. O aumento no número de empresas, especialmente de microempresas (MEs) e empresas de pequeno porte (EPPs), tem implicações significativas para a geração de emprego e renda no estado.

De acordo com um estudo do analista do Sebrae Alagoas, Fábio Leão, o crescimento de 9,25% no número de microempresas e de 20,73% nas empresas de pequeno porte é muito positivo para a economia alagoana. “Primeiramente, no quesito geração de emprego, uma vez que as MEs têm um potencial de gerar entre 9 e até 19 funcionários, enquanto que as EPPs podem contratar centenas de empregados, a depender do segmento de negócios criado”, explica Leão.

Com as principais atividades das empresas criadas sendo do comércio e de serviços, as contratações tendem a ser maiores, movimentando o mercado de trabalho local e gerando mais renda, ocupação e consumo. A ação impulsiona outros setores produtivos, como a indústria e o setor de alimentos, criando um efeito multiplicador na economia do estado. As empresas de maior porte não só contratam mais, mas também têm maior capacidade de investimento e expansão, contribuindo para um crescimento econômico sustentável.

Embora tenha ocorrido uma redução de 1,68% no número de Microempreendedores Individuais (MEIs) em comparação ao ano anterior, Leão afirma que esse dado não é preocupante. “Em termos de quantidade de empresas criadas, os MEIs seguem ainda como a maioria dos negócios abertos. Sua flexibilidade deixa aberta a porta para novos negócios e novos empregos”, observa. Além disso, a diminuição no número de MEIs pode indicar uma transição positiva, onde empreendedores migram para modalidades empresariais maiores que empregam mais, como MEs e EPPs.

Com o aumento no número de empresas de maior porte, o Sebrae Alagoas tem buscado apoio nas demandas por soluções para a categoria, através de orientações especializadas que ajudam na gestão e no crescimento dos negócios para enfrentar os desafios do mercado.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, apontam que Alagoas é o estado do Nordeste que mais gerou empregos em pelas Micro e Pequenas Empresas(MPE) no mês de abril. Em todo Brasil, o estado subiu da 12ª posição em março para a 6ª posição, com um saldo de 2.033 postos de empregos gerados.

Em relação ao saldo por 1.000 empregados, Alagoas registrou um saldo de 12,52 e se destacou entre os estados mais eficientes na criação de empregos. Já no acumulado de janeiro a abril de 2024, Alagoas gerou 5.164 empregos, com um saldo por 1.000 empregados de 31,81, ocupando a 15ª posição.

Segundo a economista e analista do Sebrae Alagoas, Geanne Silva, embora o saldo total de empregos gerados em abril de 2024 ainda tenha sido negativo, em abril houve uma melhora significativa em relação ao mês anterior.

As MPEs continuaram a contribuir positivamente, aumentando para 2.033 empregos, em relação a março (-1.283). As Médias e Grande Empresas (MGEs) apresentaram um saldo negativo de -3.559 empregos, mas a redução ainda foi menor se comparada ao mês anterior (-10.305).

O setor de serviços liderou a geração de novas empresas, apresentando um saldo positivo de 958 empregos nas MPEs e 151 empregos nas MGEs. Já o setor de Indústria da Transformação foi o que apresentou o maior saldo negativo nas MGEs com  menos 3512 empregos.

“Esse tipo de indústria engloba plástico, bebidas, têxtil, alimentos, é o tipo de indústria que transforma os produtos in natura em produtos acabados.O saldo negativo do setor foi puxado pela cana-de-açúcar, principalmente. Já o aumento do setor de serviço se deve possivelmente devido à expansão de setores como o turismo e serviços pessoais.”, explicou Geanne.

A istração Pública apresentou uma variação menor em comparação com as MPEs e MGEs, alternando entre saldos positivos e negativos, com destaque para junho de 2023, onde houve um saldo positivo de 586 empregos.

O saldo total de empregos gerados variou amplamente ao longo dos meses, com picos positivos notáveis em setembro de 2023 (16.152 empregos) e outubro de 2023 (4.505 empregos), e declínios acentuados em meses como março de 2024 (-9.494 empregos). Para a analista

, esses dados sublinham a volatilidade do mercado de trabalho em Alagoas e a necessidade de estratégias para estabilizar e fomentar a criação de empregos de forma sustentável.

O auditório do Sebrae, em Maceió, foi palco para o evento “Diálogos Externos IBGE: A importância das pesquisas em empresas para a economia de Alagoas”, promovido pela superintendência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no estado, na manhã desta quarta-feira (3).

O encontro reuniu empresários, contadores e a sociedade em geral para tratar sobre o cenário econômico atual e as perspectivas futuras para a indústria, comércio, serviços e construção civil – setores cruciais para geração de emprego e renda da população. O diretor-superintendente do Sebrae Alagoas, Vinicius Lages, parabenizou a instituição que celebrou 80 anos, no mês de maio, e destacou a importância do evento.

“Conhecemos o papel fundamental do IBGE, muito além da entidade que coleta, capta, analisa e disponibiliza dados, mas pelo seu papel de contribuição para a sociedade democrática. Nós estamos vivendo um momento de crise no mundo e isso afeta a democracia”, afirma Lages.

“Diálogos Externos IBGE” representa um novo modelo de relacionamento com colaboradores e parceiros do Instituto, que visa incentivar a tomada de decisões mais precisas e a preparação estratégica no setor, além de buscar melhorar a compreensão e o uso dos dados econômicos divulgados pelo IBGE.

Segundo Vinicius Lages, para o desenvolvimento dos pequenos negócios é preciso conhecer muito mais do que os dados internos de uma empresa, é preciso entender a economia como um todo, num dado momento e o IBGE tem papel fundamental nesse processo.

“Para nós, essa análise entre o dado micro da firma e o dado do contexto socioeconômico mais amplo se tornou fundamental. O desenvolvimento é muito dimensional e é a partir das pesquisas do IBGE que nós vamos compreender tanto a realidade social, fiscal, tributária, como a realidade econômica, ambiental e a dinâmica dos desenvolvimentos do país.”, destaca.

O evento contou com palestras e um de discussão com o objetivo de fortalecer a cooperação entre aqueles que fornecem e os que utilizam os dados das pesquisas. O superintendente do IBGE em Alagoas, Alcides Tenório Jr., recepcionou os empresários e lembrou que o diálogo é essencial para o desenvolvimento regional, permitindo um aprimoramento contínuo das pesquisas empresariais no estado e um entendimento mais profundo das dinâmicas econômicas locais.

Estiveram presentes no evento o vice-presidente da Fecomércio de Alagoas, Valdomiro Feitosa; o conselheiro e vice-presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Alagoas, Nicolas Nascimento; contador-geral do Estado, Ricardo Holanda; o coordenador nacional de pesquisas econômicas do Sebrae Nacional, Alessandro Pinheiro, e de forma remota a Secretária de Estado da Fazenda, Renata Santos.

O diretor-superintendente do Sebrae Alagoas, Vinicius Lages, acompanhado do diretor-técnico, Keylle Lima,  estiveram no Tribunal de Contas do Estado de Alagoas (TCE/AL), na manhã desta segunda-feira (01), para a apresentação do Indicador de Desenvolvimento Municipal, uma ferramenta que conta com a parceria entre o Sebrae Nacional e os Estados.

O objetivo é avaliar de forma abrangente todos os aspectos relevantes do desenvolvimento dos municípios brasileiros. A explicação foi realizada pelo conselheiro aposentado do TCE-MG e vice-presidente de Ensino, Pesquisa e Extensão do Instituto Rui Barbosa (IRB), Sebastião Helvécio.

A parceria do Sebrae Alagoas com o Tribunal de Contas vai contribuir para que as gestões municipais possam aprimorar ainda mais as suas políticas públicas voltadas para o fortalecimento do empreendedorismo e do fortalecimento socioeconômico. “Um dos nossos objetivos é impulsionar a participação de empresários e empreendedores locais para se tornarem fornecedores dos municípios, participando das compras públicas. Isso gera uma melhoria na economia local”, afirmou o diretor-superintendente Vinícius Lages.

A proposta da ferramenta, segundo o conselheiro Sebastião Helvécio, é acompanhar avanços da gestão municipal em oito dimensões: sanitária, ambiental, cultural, econômica, democrática, social, energética e institucional, com alinhamento internacional aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), bem como, a utilização da tecnologia da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e também uma validação junto a lideranças locais, como prefeitos, agentes de desenvolvimento e especialistas.

O conselheiro Sebastião Helvécio tem visitado todos os 33 Tribunais de Contas do país apresentando a nova ferramenta, que será trabalhada em consonância com o Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEGM). A nova ferramenta será apresentada nacionalmente em novembro, no Encontro Nacional dos Tribunais de Contas, em Foz do Iguaçu, no Paraná.

A proposta do indicador é fomentar o desenvolvimento municipal de forma sistêmica, observando o potencial de cada cidade. Após ser validado pelo conjunto de Tribunais de Contas do Brasil, o questionário será aplicado em 2025, quando os novos prefeitos forem empossados. “É importante destacar que não será um indicador de ranqueamento. Queremos que ele seja um marcador do próprio município, para que o gestor veja a evolução ao longo dos anos de mandato”, explicou Sebastião Helvécio.

“É uma ferramenta importante para o sistema de Controle Externo. Esse tipo de projeto confirma como nós do Tribunal de Contas estamos diretamente ligados ao bem-estar da sociedade. Vamos absorver o que aprendemos hoje e colocar em prática, o que vai refletir nas gestões municipais e na qualidade de vida dos alagoanos”, destacou o presidente do TCE/AL, conselheiro Fernando Toledo.